O Big-Bang da Consciência.


Para que este ser de coração aberto, cuja natureza psíquica é essencialmente de aventura e exploração, cuja natureza emocional parece estar marcada por uma generosidade para com o outro, ele cultiva a consciência de que não sabe e se mantém aberto a saber mais.

Para que o ser que está minimamente lúcido nesta etapa, possa começar a sentir o que é que realmente ele é, para este momento do espaço, do tempo e da espiral histórica, talvez seja útil começarmos a relacionar os 3 grandes Big Bangs que aconteceram, em termos cronológicos, porque a linguagem física está constantemente a falar-nos de um Big Bang físico, de uma explosão de algo que um infinitésimo de segundo antes não era nada e um infinitésimo de segundo depois era toda a matéria existente.

Este Big Bang físico, de que não vamos falar porque é um assunto mais que conhecido, tem dois irmãos gémeos.

No momento em que aconteceu esse clímax de potencial das correntes cósmicas para gerar substância definida, no momento em que o Universo interno atinge uma condição orgásmica e tem a possibilidade de entrar no nível da manifestação, acontece a passagem do infinitamente nada, no plano substancial, para o infinitamente alguma coisa (nascimento da matéria - Big Bang).

No momento em que este Big Bang físico acontece dá-se uma segunda grande explosão, em dimensões diferentes, que é o Big Bang da Consciência.

Este Big Bang da consciência começa por ser aquilo a que se pode chamar super consciência cósmica.

Nesse momento a faculdade de estar ciente e de ter ciência de si - consciência - é apenas um imenso oceano. Esse infinito oceano de consciência explode dentro do espaço e do tempo ao mesmo tempo que a matéria explode e os dois lançam-se no espaço, lançam-se na aventura universal.

Grandes camadas de matéria incandescente, por baixo, e uma corrente não compartimentada de uma mesma energia, de uma mesma consciência. Esta Consciência Una, numa primeira etapa, é uma única emanação de si própria.

Esse infinito oceano de consciência explode, dentro do espaço e do tempo, ao mesmo tempo que a matéria explode, e os dois lançam-se na aventura universal - Consciência Una.

Desta consciência infinita começaram-se a formar raios de consciência, jactos de luz, entidades de consciência dentro da Consciência Una. Então, nós temos estas catedrais, estes oceanos de consciência infinita a que chamamos os Arcanjos (Michael, Rafael, Gabriel....). Estas consciências sub infinitas são os primeiros raios de cor que acontecem após o Big Bang da consciência absoluta, que caminha com o mesmo ritmo, elegância e graça com que a própria substância tende para fazer bases cada vez mais refinadas.

À medida que as grandes massas de matéria se organizam, os Arcanjos, os Meta Arcanjos, os Anciãos dos Dias, esses raios imensos dentro da consciência infinita e a divisão prismática é o próprio Big Bang da consciência. A consciência explode para produzir mais consciência, e dentro do algoritmo da consciência absoluta, existe um segundo algoritmo, que é o algoritmo da liberdade, e dentro deste existe um outro que é, não só a liberdade disto, mas também a liberdade daquilo, a liberdade de tudo.

Estes imensos seres (Elohims, Arcanjos, Meta Arcanjos) são criados para a expressão da liberdade em todos os sentidos, que inclui, invariavelmente, a liberdade de todos os raios da consciência infinita, e dentro do respeito pela liberdade de tudo, está implicado o direito à integridade de todas as consciências, o facto de não se puder violar consciência. Isto é uma das pedras de fundação da própria explosão de consciência.

O Universo tem nas suas entranhas o mandato de que a liberdade implica a integridade total da consciência, a não violação da consciência do outro, das outras realidades e dos outros raios de consciência. Isto é a pedra fundamental da própria natureza da geração de consciência, do transcendente para o universo evolutivo. O transcendente doa-se ao Universo evolutivo através de um mandato de liberdade e integridade de consciência.

Então este oceano de consciência pura gera jactos de cor que são os Raios. Destas imensas esferas de auto contenção do próprio Deus, aqui, na aventura cronológica, são emanados novos raios e sub raios e centelhas de luz. Esta multiplicidade da Consciência Una é um irmão gémeo do Big Bang físico.

(parte inicial de uma palestra de André Louro de Almeida transcrita por Alice Jorge)


Voltaremos em breve com o resto da transcrição desta belíssima palestra cheia de LUZ do irmão Luminar André.


Bem hajas André.


Fiquem bem...


(A Mónada)

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